A Construção do Templo de Morrinho (1898)

O Monumento de Fé Erguido no Coração do Vale do Ribeira

O Desafio de Erguer a Casa de Oração

Após a chegada do pioneiro Willis Roberto Banks em Janeiro de 1897 e a realização do primeiro culto evangélico na região, o número de pessoas interessadas na "Nova Lei" cresceu rapidamente. A casa na Fazenda Poço Grande logo se tornou insuficiente para abrigar a multidão.

Nasceu, então, a necessidade e a visão para a construção de um templo. O local escolhido foi um morro, a dois quilômetros da fazenda, que hoje conhecemos carinhosamente como Morrinho. Este seria o local onde seria erguido o primeiro templo evangélico de toda a região.

O Cerne da Missão

Banks, a despeito da primeira impressão negativa sobre a região, cumpriu o que havia prometido. Ele era guiado pela certeza de que Deus o havia chamado para uma obra especial, transformando o "desafio" de erguer o templo em uma demonstração pública da fé.

Pioneirismo e Sacrifício: Os Vidros Franceses

A construção do templo, concluído por volta de 1898, foi um feito de autossuficiência e sacrifício:

  • Fabricação do Material: Na região, o tijolo e a telha eram desconhecidos. Banks foi responsável por montar uma Olaria no local para a fabricação dos tijolos e das telhas necessárias à construção, com a ajuda dos primeiros crentes.
  • Mobiliário: Após a estrutura erguida, Banks e a comunidade foram para o meio do mato cortar a madeira e fizeram os bancos e o restante do mobiliário para o interior do templo.
  • Os Vitrais: O maior desafio logístico era conseguir os vidros para as janelas. Em uma jornada de sacrifício extremo, Banks viajou cerca de 200 km a pé, de Juquiá até Osasco. De lá, ele pegou um trem até São Paulo.

Em São Paulo, a Associação de Senhoras da Igreja Presbiteriana fez uma doação que permitiu a Banks adquirir os vidros coloridos franceses. O ato de abnegação não parou aí: para garantir que os vitrais chegassem intactos a Juquiá, Banks os trouxe nas costas em sua viagem de volta a pé de Osasco, sem quebrar nenhuma peça.

"Sua filha [Izaltina] testemunhou a seguinte frase: 'Estou livre do sangue do povo de Juquiá, não ficou uma só casa onde eu não levasse o santo evangelho'" — uma declaração de que o templo foi erguido após o trabalho de evangelização ter alcançado todas as famílias.

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Conclusão da Construção

O templo de Morrinho foi concluído por volta de 1898, um ano após o primeiro culto.

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Jornada de Fé

Banks percorreu 200 km a pé (ida e volta) para buscar os vitrais da igreja.

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O Transporte

Os vitrais franceses foram transportados por Banks nas costas, garantindo que não houvesse quebras.

O Legado do Templo

O Templo de Morrinho não é apenas um prédio; é um monumento que hoje abriga o Instituto Bíblico de Morrinho, garantindo que o serviço e o ensino continuem por gerações.