Reverendo Willes Banks Leite

O Herdeiro do Nome e da Obra (1912 - 1996)

Willes Banks Leite foi neto do pioneiro Willis Roberto Banks e filho de Izaltina Banks Leite. Ele herdou de seu avô não apenas o nome, mas também as qualidades de bondade cristã e a determinação férrea de levar avante a obra de evangelização.

Desde criança, Willes era muito apegado ao avô, adotando seu estilo de evangelizar e de acudir aos sofredores. Seu trabalho no Vale do Ribeira foi extenso: não há um trecho na região que ele não tenha visitado, e ele pastoreou muitas igrejas. Seu papel foi o de digno continuador, garantindo a perpetuação do legado de seu avô.

União e Dedicação Constante à Região

Willes Banks Leite casou-se com Vitória Martins e, juntos, dedicaram suas vidas a cobrir os lugares mais remotos da extensa região. Como evangelista e pastor, ele pastoreou ativamente numerosas congregações e igrejas, atuando como um incansável propagador do Evangelho e do serviço social prático, seguindo os passos de seu avô na dupla finalidade do ministério.

Contribuições Materiais e o Legado Social

Como cabeça da família Banks, Willes foi fundamental na manutenção e melhoria da infraestrutura de Morrinho, garantindo que o local pudesse continuar servindo à comunidade em novos contextos:

• Infraestrutura: A família Banks, sob sua liderança, doou o material e o esforço para a construção do calçamento da área, a instalação de bueiros na estrada, e a edificação do sanitário (banheiros) para os visitantes e a congregação.
• Recursos Essenciais: Foi responsável pela instalação da caixa d'água e do motor que supria as necessidades básicas do templo e dos ranchos.
• Ação Social e Saúde: Willes deu continuidade ao ministério de saúde de seu avô, apoiando ativamente a Ortopedia (clínica ou serviço ortopédico) local, que se situava logo acima da área do templo.

O Descanso e a Última Mensagem

O Reverendo Willes Banks Leite faleceu em dezembro de 1996, vítima de câncer. Assim como seu avô, ele expressou o desejo de ser transportado para a terra que evangelizou, pedindo aos familiares que o levassem a Juquiá, onde queria morrer e ser enterrado.

O Funeral Inédito e o Sermão Póstumo

O funeral de Willes Banks Leite foi um acontecimento comovente e inédito, pois ele havia planejado sua própria liturgia. Faltando pouco mais de uma semana para o Natal de 1996, seu corpo foi velado na Igreja Presbiteriana de Juquiá.

O ponto culminante da cerimônia foi a leitura de uma carta que ele havia escrito anos antes (em 1993), com a instrução de que fosse aberta e lida na ocasião. O conteúdo da carta era o seu "último sermão". Ele desejava que o dia de sua partida fosse de grande festa espiritual, e instruiu a congregação a cantar o seu hino, "Na linda Pátria estou".