Morrinho Online: O Legado em Tempos de Pandemia
Os Encontros Virtuais que Preservaram a Memória Centenária (2020-2021).
A Adaptação
O tradicional Instituto Bíblico de Morrinho, com mais de 123 anos de história, enfrentou um desafio inédito: a interrupção de seus encontros presenciais por dois anos (2020 e 2021) devido à pandemia de COVID-19. Para garantir que a chama espiritual e a memória do Morrinho não se apagassem, a Igreja Presbiteriana de Juquiá prontamente adaptou o evento, realizando-o em formato online, por meio de lives e podcasts.
O encontro virtual de 2021, intitulado "Colhendo Memórias", serviu como um poderoso elo entre gerações, reforçando o objetivo central do Morrinho: "relembrar o passado, analisar o presente e projetar o futuro da obra", baseada na inabalável fé no "grande Deus que habita aqui e habita lá".
O Impacto das Narrativas e o Legado dos Pioneiros
O formato online permitiu um rico compartilhamento de histórias de família e pioneirismo, essenciais para a cronologia e o legado da missão. O evento reforçou a visão de que o Morrinho é um "celeiro de tantos pastores" e um lugar onde a semente do evangelho é plantada, modificando vidas não pela localização em si, mas pela Palavra de Deus.
- A Urna de 1948: Foi relembrada a história da urna de 1948 e a expectativa em torno de sua abertura em 1998, ligando as memórias de frequentadores de diferentes épocas.
- O Livro: Foi destacada a importância de Dona Izaltina Banks Leite, única filha do pioneiro Banks, e o seu livro "O Velho Banks", que documentou o sacrifício e a vitória da missão.
- O Sacrifício de Banks: Foi recontada a história do pioneiro Willis Roberto Banks e sua memorável jornada de 200 km a pé de Juquiá a Osasco para buscar os vidros coloridos da igreja, que ele transportou nas costas sem quebrar nenhum.
- A Tradição: As memórias de jornadas de canoa, dos perigos enfrentados e da união nas reuniões de oração e acampamentos juvenis foram amplamente compartilhadas.
A Manifestação da Glória de Deus
A atmosfera do Morrinho é descrita como um "aconchego" e uma "manifestação teofânica da Glória de Deus".
Cultura da Partilha
O evento reforçou a cultura de que Morrinho é "Fartura e Partilha", com casas sempre abertas para receberem a todos.
Tradição Musical
A música é o "símbolo" da comunhão, destacando a tradição da "Alvorada" e dos cânticos de "roda".
Participantes e Lideranças Presentes
O evento online uniu diversas gerações que amam e servem ao Morrinho, contando com a participação de:
- Dona Vicência Banks Florêncio (Bisneta do Pioneiro)
- Rev. Miguel Garcia
- Evangelista Saulo
- Rev. Evaldo (Filho da Igreja)
- Rev. Amauri (Filho da Igreja)
- Rev. Caio
- Dona Lurdinha
- e diversos outros membros e amigos do Morrinho.
A mensagem final foi um desafio para as novas gerações: o Morrinho é um modelo de comunhão e partilha que a sociedade precisa, e o desafio é construir novas narrativas e garantir que o amor e a tradição não se percam.
A igreja de Juquiá manteve o Morrinho por mais de 100 anos, tratando-o com carinho, pois a vontade do Senhor é que ele continue sendo um celeiro de bênçãos e um local de encontro com Jesus.
O Legado Continua
Mesmo à distância, o propósito de Morrinho de ser um lugar de segurança, cura e partilha, onde as novas gerações aprendem a amar a Palavra de Deus, foi mantido e reforçado.